A entrada em funcionamento da ASAE não caiu bem à restauração portuguesa. Dez anos depois, o setor passou do choque à adaptação. São muitos os que juntam ao habitual menu, um manual de boas práticas que previne más surpresas durante as inspeções.
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Júlio Fernandes supervisiona três restaurantes em Lisboa, um deles o "D' Bacalhau", na zona do Parque das Nações. Apareceu há dez anos, na mesma altura que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) começou a funcionar.
O empresário recorda bem a primeira inspeção. Foram multados (coisa pouca) mas a avaliação foi, em geral, muito positiva. A partir daí, o restaurante passou a seguir um manual de boas práticas e a dar atenção a detalhes antes esquecidos.
Júlio Fernandes acredita que foram muitos os restaurantes que começaram a adaptar-se a "uma nova realidade" em que não cabe "uma casa-de-banho que não esteja em condições" ou um empregado "que passe as mãos pelo cabelo quando está a atender os clientes". Muitos problemas foram corrigidos graças às fiscalizações da ASAE.
Dez anos depois, houve uma adaptação das duas partes. Susana Leitão, responsável de qualidade da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reconhece as dificuldades dos primeiros tempos, mas faz uma balanço positivo da última década.
A ASAE vai realizar, a partir das 9h30 desta terça-feira uma sessão comemorativa no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto. A AHRESP também vai estar representada. Pode consultar aqui o programa.