20 milhões para ONG que acolhem refugiados. Eduardo Cabrita diz-se "orgulhoso"
Verba para as ONG vai ficar pela primeira vez expressa num Orçamento do Estado.
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Estão destinados 20 milhões de euros para as organizações não-governamentais (ONG) que acolhem refugiados em Portugal.
O acolhimento de refugiados já era suportado através de fundos europeus, mas esta é a primeira vez que proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) contempla estas verbas através do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), destaca o ministro da Administração Interna em declarações à TSF.
"Estamos a falar de 20 milhões de euros até 2020", de Eduardo Cabrita. Para a segurança interna, incluindo apoio à guarda costeira, GNR e Marinha, acresce um reforço de verbas entre 2021 e 2027 cujos valores "ainda não estão fechados".
O OE2020 vai também permitir financiar os mediadores culturais que apoiam a integração de refugiados, através de uma verba de um milhão de euros. "Não basta abrir a porta, é necessário depois incluir e integrar", nota o ministro.
Dizendo-se "orgulhoso" pela participação portuguesa no primeiro fórum global para os refugiados, que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) promove, na terça-feira e na quarta-feira, em Genebra, Eduardo Cabrita diz seguir "os exemplos de que todos os portugueses se orgulham: de António Guterres, Jorge Sampaio ou António Vitorino".
"Portugal tem estado, ativa e solidariamente, em todos os programas europeus" de recolocação de refugiados e "apoio ao salvamento de milhares de vidas", destaca.
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Eduardo Cabrita vai fazer uma intervenção na terça-feira à tarde na sessão plenária de alto nível do fórum global para os refugiados e de manhã terá também uma reunião bilateral com o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino.
O fórum global para os refugiados contará com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, vai reunir delegações de 149 países e constitui a primeira concretização do Pacto Global dos Refugiados, aprovado em Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 2018.
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