A conclusão é do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias que hoje apresenta o relatório anual. Da asma ao cancro do pulmão, os últimos dados mostram que a mortalidade causada por estas doenças aumentou 16% em 2012.
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Em 2012, mais de 18 mil pessoas morreram devido a doenças respiratórias. Destas, um terço perdeu a vida com pneumonia, o que representa uma subida de 25% em comparação com o ano anterior.
Artur Teles de Araújo, presidente do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias e da Fundação Portuguesa do Pulmão, diz que Portugal está muita acima da média europeia no número de mortes por pneumonia, o que se justifica sobretudo com o envelhecimento da população.
O documento conclui que o cancro do pulmão e a pneumonia são os que registam mais mortes. Em terceiro lugar surge a doença pulmonar obstrutiva crónica.
O tabaco e a crise económica são apontados como as principais causas para este diagnóstico.
Cada vez mais pessoas vivem na mesma casa - o que favorece a transmissão das infeções respiratórias - e há falta de dinheiro para aquecer a habitação e manter a temperatura adequada.
O relatório anual sobre saúde respiratória aponta outras causas, como a poluição e até os fenómenos extremos como ondas de calor.
O documento conclui que as doenças respiratórias ainda não estão controladas em Portugal e defende a adoção de medidas para inverter este quadro.