A nossa rua a brincar. Associação devolve às crianças as atividades no exterior

Associação Brincar de Rua
Cortesia Associação Brincar de Rua
Podem ser corridas de caracóis, pode ser a macaca, pode ser bola ou o lenço, o importante é brincar. Brincar na rua. Até 6 de junho, a Associação de Leiria, promove programas gratuitos de duas horas. Nesta fase, o máximo são 15 crianças por cada tribo de rua. Os guardiões tratam do resto. Vale tudo, menos arrancar olhos e ecrãs digitais.
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Uns mostram nojo, outros tratam da casa do caracol, com papel e fita-cola. Entre a repulsa dos primeiros e a vontade de ajudar da menina que viu a concha do caracol partida, é todo um mundo que se revela. O exemplo dos caracóis vem à baila porque é no jardim, ou nos parques, que a brincadeira acontece, mas é apenas um, entre o infinito das possibilidades. Francisco Lontro, coordenador do projeto, explica que, para os crescidos, como ele, também tem sido uma viagem de descoberta. Brincar, aprender, criar hábitos de vida saudáveis e sustentáveis, e deixar acontecer.
A aventura começa em 2016, ano em que a Ludotempo forma a Associação Brincar de Rua, para devolver as crianças à rua: "Constatámos que, em muitos casos, os pais nem os vizinhos conheciam, e por isso não havia segurança e confiança para deixar os miúdos brincar." Criar comunidade é também esse o propósito da associação. Vai daí, formam equipas de guardiões, e em conjunto com pais e educadores, criam verdadeiras tribos de rua.
"Não fora a pandemia, e nesta altura os guardiões estariam espalhados por 26 cidades", explica Francisco Lontro, que volta a desafiar os crescidos a libertarem os miúdos, num plano de brincadeiras que começou a 3 de maio e se prolonga até 6 de junho. Um mês de brincar, como se pode ler na página da associação.
"A iniciativa celebra-se em todas as cidades, vilas e lugares em que haja gente com vontade de criar uma manhã, tarde ou dia diferentes para as suas crianças, uma vez que qualquer adulto pode facilmente sugerir e organizar um evento na sua comunidade (os eventos são limitados a 15 crianças, seguindo as normas da Direção Geral de Saúde). Os organizadores escolhem data e local e convidam a sua "tribo" (família, amigos...); a equipa do Brincar de Rua fornece um manual com 1 Associação de Promoção do Brincar.
Pode conhecer o projeto aqui e também aqui.
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