António Costa sugeriu ao líder do PSD que espere pelos resultados das investigações em curso.
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O primeiro-ministro recordou que o trabalho dos serviços de informações é, por natureza, secreto e que quem violar essa regra está a cometer um crime. É desta forma que responde aos desafios de Rui Rio, que exigiu esclarecimentos de António Costa sobre o conhecimento que tem das investigações à associação de imigrantes do país de leste.
"O Estado português dispõe de serviços de informações, que são classificados como secretas. A violação desse segredo das secretas constitui um crime e eu, como responsável pelos serviços de informações, tenho de respeitar. É isto que diz a lei. Rui Rio não ignora seguramente este regime", respondeu António Costa, em Vila Real.
O governante sugeriu ainda ao líder do PSD que espere pelos resultados das investigações em curso.
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"Os políticos devem deixar as instituições atuar e não se precipitar em conclusões. Pelos vistos Rui Rio já sabe mais do que a Inspeção-Geral de Finanças e a Comissão Nacional de Proteção de Dados. A Comissão Nacional de Proteção de Dados está a verificar se houve alguma violação das regras de proteção de dados. Saberão quando concluírem o inquérito", afirmou o primeiro-ministro.
Costa relembra que as secretas são serviços de informações da República Portuguesa e afirma que os assuntos que tratam não são para serem discutidos na praça pública.
"Só têm acesso aos serviços, em regra, eu próprio e o Presidente da República e, em alguns casos, quando há matéria de relevância criminal, a Procuradora-Geral da República. Lamento, mas não posso comentar, só posso dizer uma coisa: ou esse relatório existe e quem entregou a um órgão de comunicação social cometeu um crime ou não existe e esse órgão de comunicação social vai ter de pedir desculpa aos leitores", acrescentou.