"Adivinha quem voltou." Doze anos depois, os Da Weasel mataram a fome de palco (e a sede de "Todagente")
Com os filhos perto do palco e Miguel Oliveira a assistir, a banda mostrou como resistiu ao tempo.
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Os Da Weasel abriram a "Loja (Canção do Carocho)" pontualmente e não mais a plateia deixou de saltar.
O grito "jump, jump" percorreu todo o concerto em que, entre a assistência, estiveram os juízes mais exigentes da banda: os filhos. Como explicou Virgul, antes "eles não existiam", mas agora estão prontos para anotar "todas as falhas".
"Demos alguns pregos, mas é porque temos responsabilidades acrescidas", continuou Virgul.
Não foram só os Da Weasel a trazer os filhos. Entre a assistência muitas crianças cantaram e saltaram, mesmo se os temas mais reconhecíveis da banda tivessem, praticamente, a idade deles. E Carlão/Pacman desceu do palco para pegar na filha ao colo. Entre a plateia esteve também o piloto Miguel Oliveira, em pausa do Moto GP.
"Re-tratamento" mostrou que tanto os Da Weasel, como o público estavam ali para se tratarem bem.
Neste "convite para 1997" e anos seguintes, couberam temas como "Carrossel", "Dialetos de Ternura", "Adivinha Quem Voltou" e "God Bless Johnny".
Pelo meio, houve Manel Cruz, em vídeo (e dentro de uma cruz), com quem a banda tocou "Casa (Vem Fazer de Conta)", lembrando que ele estaria, horas depois, num palco ao lado.
Na noite em que mataram a fome de palco que traziam, há mais de uma década, foram muitos os agradecimentos ao público que esgotou o último dia do NOS Alive 2022.
Apostados em aproveitar até ao fim,"isto pode ser a última vez", disse Virgul, os Da Weasel, representantes da "margem sul" do Tejo, mais maduros, fizeram todas as jogadas certas para conquistar o público. A julgar pelos presentes, é bem possível que doninha continue a rebentar "Dá sempre pa curtir mesmo quando não há cheta/ Quando o meu people representa/Tás na boa/Porque a doninha arrebenta".