Não deixa "um pingo de saudades". Sindicatos aplaudem escolha de Luís Rodrigues para a TAP
Tanto o Sindicato dos Trabalhadores e Aviação como o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (SITAVA) elogia a escolha de Luís Rodrigues para a presidência da TAP.
"Ele conhece o mercado, conhece o negócio e também conhece a TAP", destaca Paulo Duarte em declarações no Fórum TSF.
Coma a ressalva de que "a TAP é uma empresa muito maior do que a SATA", o presidente do SITAVA considera que se Luís Rodrigues "replicasse na TAP aquilo que fez na SATA, que foi a retirar os cortes que os trabalhadores tinham e que hoje não têm, se calhar vai ser uma pessoa feliz".
"Se começar por replicar cá aquilo que fez lá, acho que é um bom princípio", defende Paulo Duarte.
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Sobre a decisão do Governo de avançar para uma privatização parcial, o SITAVA assume que pode ser uma boa solução. "Tudo o que o que não for entregar a TAP à pressa, ao primeiro que apareça, são sempre boas medidas", afirma
Para Paulo Duarte, "todas estas confusões" são "reflexo daquilo que foi uma má privatização feita à pressa, sem critério", pelo que é essencial que "não se cometam os mesmos erros e que se tenha aprendido alguma coisa com o passado".
"Aguardamos com serenidade o que vai acontecer", conclui.
Ouvido também no Fórum TSF, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, André Teives, saúda o Governo pela decisão de avançar para a privatização parcial da TAP e pela escolha de Luís Rodrigues, cujo trabalho na SATA elogia.
Já "a engenheira Christine e o doutor Manuel Beja não vão deixar um pingo de saudades", atira.
Quanto à privatização parcial, escolher o parceiro certo é essencial para o futuro da companhia aérea, destaca André Teives.
"Um parceiro cuja capilaridade colida o menos possível com a nossa, ou seja, com a nossa rede, com os nossos destinos, (...) que não quer aventuras de investidores ou de private equity", aponta. Além disso, "de acordo com as regras europeias, é exigido que seja um parceiro europeu ou com nacionalidade europeia".
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Para André Teives, "a TAP tem, de uma vez por todas, que ser enquadrada num grande grupo mundial de aviação, porque tem muito para acrescentar a esse grande grupo, seja ele quem for."
"Não somos a periferia da Europa no mundo da aviação, que é um mundo global. Somos o centro do mundo, portanto temos é que potenciar isso", reforça.