Administradores hospitalares: Recusa de medicamentos não tem por base razões económicas
A presidente da Associação dos Administradores Hospitalares disse à TSF que a alegada recusa de medicamentos pelos IPO só pode dever-se a «uma opção tecnicamente sustentada», quando há dúvidas do benefício de algumas terapêuticas.
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Marta Temido entende que a decisão só pode ser entendida «como numa opção tecnicamente sustentada. Aquilo que tem sido referido de que esta opção é baseada no facto dos medicamentos serem caros é uma imprecisão. Não há administrações hospitalares a optarem por não adquirir determinados medicamentos por eles serem caros. Quando muito, por não estar provada a sua relação custo-eficácia ou por não haver ainda evidência suficiente de que as terapêuticas são as mais adequadas».
A presidente da Associação dos Administradores Hospitalares sublinha ainda que estas decisões não são tomadas de ânimo leve.
O Diário de Notícias adianta, na edição de hoje, que a Ordem dos Médicos terá pedido explicações ao Ministério da Saúde sobre uma alegada recusa dos três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) - Lisboa, Porto e Coimbra - em fornecer medicamentos inovadores a doentes com cancro.
De acordo com o jornal, o veto atinge alguns fármacos, considerados demasiado caros e que alegadamente levantam dúvidas quanto à eficácia.