A Ordem dos Médicos já pediu explicações ao Ministério da Saúde. Os três Institutos de Oncologia do país - Lisboa, Porto e Coimbra - estão a negar medicamentos aos doentes.
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O Diário de Notícias adianta, na edição desta segunda-feira, de um veto que atinge alguns fármacos inovadores, considerados demasiado caros e que alegadamente levantam dúvidas quanto à eficácia.
A denúncia dos casos já tinha levado a Ordem dos Médicos a pedir explicações ao Ministério da Saúde, mas até agora sem resposta.
O bastonário dos médicos, José Manuel Silva, fala num escândalo, com a sonegação do acesso a certos medicamentos.
O presidente do Instituto de Oncologia em Coimbra explica que os IPO não conseguem aguentar o tratamento a todos os doentes do país. Por isso, há uma decisão conjunta, mas garante que não há obstrução, pois pelo menos um medicamento é vendido com receita e o doente pode comprá-lo. Mas, no caso, o preço é de 3500 euros.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro admite recorrer aos tribunais europeus. O secretário nacional da Liga, Vítor Veloso, diz que os IPO se estão a substituir ao Infarmed e acusa o Ministério da Saúde de desnorte, acusando alguns hospitais de darem tudo aos doentes enquanto outros não dão nada.
Contactada também pelo Diário de Notícias, fonte do ministério diz que estas decisões são da exclusiva responsabilidade das comissões de farmácia e terapêutica das administrações dos hospitais.