A representante de João Vale e Azevedo desmentiu à TSF que o antigo presidente do Benfica tenha sido detido este fim-de-semana em Londres, mas confirma o regresso a Portugal.
Corpo do artigo
Em comunicado, Luísa Cruz confirma que João Vale e Azevedo vai regressar a Portugal «para cumprir a formalidade de liquidação da pena de acordo com o pretendido pela Justiça Portuguesa», mas não adianta quando.
A advogada de Vale e Azevedo desmente, no entanto, a notícia avançada hoje pelo Correio da Manhã que dizia que o antigo presidente do Benfica tinha sido detido no fim-de-semana na capital inglesa.
Luísa Cruz lembra ainda que o antigo presidente do Benfica se encontra desde a detenção, a 08 de julho de 2008, sujeito «a medida de coação de permanência na habitação, obrigatoriedade de permanecer e dormir todos os dias e todas as noites na morada indicada nos termos e de acordo com o autorizado pelo tribunal».
A representante de Vale e Azevedo sublinha que «a atual situação de privação de liberdade é ilegal, porque excede em muito o tempo máximo de cumprimento da pena previsto na lei», acrescentando que Vale e Azevedo já cumpriu cinco sextos da pena.
Vale e Azevedo encontrava-se em Londres, com as medidas de coação de permanência na residência na capital inglesa, com passaporte retido e impossibilidade de se ausentar para fora do Reino Unido.
O antigo presidente do Benfica vai ser acompanhado por dois inspetores da Polícia Judiciária portuguesa na viagem para Portugal.
Vale e Azevedo foi condenado a 11 anos e meio de prisão devido aos casos que ficaram conhecidos como "Dantas da Cunha" e "Ribafria". Uma pena que foi reduzida pelo Supremo Tribunal de Justiça para cinco anos e meio.
O Supremo Tribunal de Justiça já recusou dois pedidos de Habeas Corpus para a libertação de Vale e Azevedo e tem em mãos, desde dia 6 de novembro, um terceiro pedido.