A infraestrutura não recebe aviões desde julho de 2019 devido a um abatimento na pista. O segundo concurso para a remodelação vai ser lançado em breve e a câmara promete obras com "muita rapidez".
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Após um ano e meio de paragem devido ao abatimento de uma parte da pista, o aeródromo municipal de Vila Real deverá reabrir ao tráfego de aviões até à primavera, disse à TSF o presidente da autarquia, Rui Santos.
"Estamos em tramitação final para podermos lançar novamente concurso. Estamos convencidos de que no primeiro trimestre do próximo ano os aviões possam regressar ao aeródromo", diz o autarca, que no início da pandemia tinha antecipado uma reabertura para o verão de 2020.
De acordo com Rui Santos, o atraso ficou a dever-se à necessidade de realizar um segundo concurso porque a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) deu parecer negativo ao primeiro, tendo aconselhado o "alargamento de picotagens na pista para garantir que toda a extensão presumivelmente afetada pela água no subsolo seria alvo de intervenção". Este procedimento evitará que "durante anos e anos" não se repita um abatimento da pista. Segundo Rui Santos, "depois de acertada a intervenção técnica, as obras serão feitas com muita rapidez e não são de especial complexidade".
Com um custo estimado "de 500 mil euros para cima", as obras vão ser pagas totalmente pela câmara, que também tem em curso o alargamento do hangar para funcionamento do serviço de Proteção Civil. "Sendo o aeródromo usado como infraestrutura do Estado central, esta reparação fica exclusivamente a expensas da câmara", enfatiza Rui Santos.
Neste dia em que se assinalam cinco anos do primeiro voo na rota Bragança - Portimão com paragens em Vila Real, Viseu, Tires e Portimão, o autarca vila-realense confessa preferir o anterior modelo em que os aviões paravam no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. "Trazia óbvias vantagens. Esta rota não é a que mais agrada nem mais beneficia os utentes que fazem Vila Real-Lisboa, porque ir para Cascais é diferente de ir para o aeroporto Humberto Delgado", diz o autarca, reconhecendo, apesar de tudo, que "é preferível ter esta rota do que não ter nenhuma".
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