Uma "história de sujeição" tem sido essa a tradição da relação do governo de Lisboa com o regime autoritário de Luanda, diz o escritor angolano José Eduardo Agualusa, em entrevista à TSF.
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Para José Eduardo Agualusa o governo de Lisboa tem funcionado como uma extensão do regime angolano, entrevistado pla TSF, Agualusa afirma que a tradição do governo português tem sido sempre de colaboração estreita com a repressão em Angola.
O escritor angolano, amigo de Luaty Beirão, assume que não tem qualquer expectativa em relação ao papel do governo português no caso do activista em greve de fome há mais de um mês.
Entrevistado no Festival Literário Internacional de Óbidos, José Eduardo Agualusa conta que escritores de várias nacionalidades têm manifestado solidariedade com Luaty Beirão, mas para Agualusa essa corrente de apoio e as vigílias que têm acontecido em várias cidades não chegam para pressionar o governo angolano.
Abaixo assinado
Entretanto, um grupo de personalidades da cultura, portugueses e estranheiros, entregua hoje uma petição no ministério dos negocios estrangeiros exigindo a libertação de Luaty Beirão, e questionando a diplomacia portuguesa pela falta de acção.
O documento já foi assinado por nove mil pessoas e vai ser entregue pelo filósofo José Gil, o escultor Rui Chafes e a jornalista Vanessa Rato.
A petição está disponível aqui.