"Alguém perdeu o bom senso." Associação da GNR considera espancamento "gravíssimo"
Dirigente da ASPIG aponta o dedo aos responsáveis e levanta dúvidas sobre a adequação do equipamento utilizado pelos recrutas.
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O vice-presidente da Associação Sócio-Profissional independente da Guarda (ASPIG) considera que, a confirmar-se que 10 recrutas da GNR foram espancados durante um curso, "alguém perdeu o bom senso".
Em declarações à TSF, Adolfo Clérigo alertou neste tipo de formações "há sempre um risco". Não obstante, o dirigente acrescenta que neste caso, o que aconteceu "é gravíssimo".
Apontando o dedo aos responsáveis, Adolfo Clérigo considera que quem estava a coordenar este curso "devia ter-se apercebido de que o grau de violência estava a exceder o limite. O contacto e alguma mazela é natural que venham a surgir, mas nunca com as dimensões de que se fala."
Um dos pormenores deste caso é que os formandos enfrentaram um instrutor munido de vários equipamentos de proteção, enquanto os próprios usavam apenas uma t-shirt e calções. O vice-presidente da ASPIG considera esta situação "uma grande surpresa".
"É muito surpreendente que instruendos sejam sujeitos a testes em fato de ginástica. Noutras formações, que tive oportunidade de presenciar, aquilo que se utiliza é o fardamento normal da patrulha para que seja o mais próximo da realidade e do que possa acontecer na rua. É estranhíssimo", considera.
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