Escolas irão ajudar pais que não conseguirem aceder ao portal para fazer a matrícula dos filhos, mas é preciso fazer agendamento.
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A renovação das matrículas escolares está disponível a partir desta sexta-feira. Este ano, contrariamente ao que aconteceu em anos anteriores, não há renovação automática de matrículas, pelo que todos os alunos têm de ser inscritos no portal online.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, acredita que a maioria dos pais não terão dificuldades em renovar a matrícula dos filhos, mas garante que as escolas estarão prontas para ajudar quem não o conseguir fazer.
"É um procedimento muito simples, penso que a maioria dos pais irão conseguir aceder ao portal das matrículas e fazer o procedimento", afirmou Filinto Lima, em declarações à TSF.
"Aqueles pais que não o consigam fazer terão de ir às escolas, fazendo previamente o agendamento da reunião com os serviços administrativos", explicou.
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No dia em que terminam as aulas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas dá nota positiva ao ano letivo que agora chega ao fim, apesar das limitações causadas pela pandemia de Covid-19.
"Foi um grande constrangimento, houve desigualdade no acesso aos meios de trabalho. Mas, de resto, todos nós nos empenhámos. Os professores foram inexcedíveis, os pais foram incansáveis, os alunos foram fantásticos, os diretores fizeram o melhor que puderam - e fizeram-no muito bem. Acho que as comunidades educativas estão de parabéns", referiu.
Filinto Lima sublinha, no entanto, que ninguém quer ver repetido, no próximo ano letivo, o "ensino de emergência" dos últimos três meses.
"Nós não queremos, com toda a certeza, um próximo ano letivo como este 3.º período. Ninguém quer", apontou.
"Estamos todos ansiosos para saber o que vai acontecer em setembro, mas nós não temos nenhuma bola de cristal que nos dê essa solução. Temos de aguardar", afirmou representante dos diretores escolares, frisando a esperança de que o próximo ano letivo traga de volta o ensino presencial.
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Filinto Lima defende que, se aulas não puderem ser presenciais para todos os alunos do 1.º ciclo devem ter prioridade. A última palavra, lembra, cabe no entanto à Direção-Geral de Saúde, muito mais do que ao Ministério da Educação.