À entrada para o primeiro dia do julgamento deste caso, Francisco Ferreira admitiu que a Quercus poderia ter ido mais longe para garantir que não sobrava nenhuma suspeita.
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O ambientalista Francisco Ferreira lamentou que a «parte política» não esteja a ser julgado no processo Freeport e admitiu que a Quercus poderia ter ido mais longe para garantir que não sobrava nenhuma suspeita a respeito deste caso.
«Mea culpa à Quercus que em processos que tem colocado junto dos tribunais portugueses temos tido êxito», mas «em processos que temos colocado junto da Comissão Europeia só nalguns casos temos tido êxito», acrescentou à entrada para o primeiro dia de julgamento do processo Freeport.
Este antigo dirigente da Quercus considerou que o licenciamento deste outlet foi ilegal e no mínimo estranho e manifestou fortes dúvidas em relação à atuação política do Ministério do Ambiente, tutelado na altura por José Sócrates.
Francisco Ferreira entende mesmo que houve pressões e que existiu uma «decisão precipitada por necessidades sejam elas de que ordem forem e que, no nosso entender, foram também ilegais».
Este ambientalista não se mostrou surpreendido ainda com o facto de ter sido feita investigação a propósito de crimes de corrupção e tráfico de influências neste caso, muito embora, tenha sublinhado que isto «não significa que os arguidos sejam culpados».
Considerando que a Quercus tem conseguido sucessos recentes na Justiça, Francisco Ferreira lamentou que a organização ambientalista não tenha tido dinheiro na altura para interpor uma queixa em tribunal.