Ana Mendes Godinho aponta dedo à direita: "Parem de chamar às pessoas dependentes"
A governante considera que "é evidente que a aposta no Estado Social é mesmo a única via para construir um país com futuro".
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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, defendeu esta terça-feira que os "trabalhadores têm sido a alavanca do país" e o Estado social é o "único meio" para construir o futuro, apelando, por isso, à direita para que pare "de chamar às pessoas dependentes".
"As pessoas e os trabalhadores têm sido a alavanca e o motor das nossas vidas e do nosso país", disse Ana Mendes Godinho, durante uma intervenção no debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
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Segundo a ministra, "este é um esforço coletivo", em concertação e diálogo social.
A governante considerou que "é evidente que a aposta no Estado Social é mesmo a única via para construir um país com futuro".
"Desde 2016, conseguimos devolver rendimentos às famílias e dinamizar a economia e o aumento do emprego. É por isso que temos hoje melhores condições para enfrentar os exigentes desafios com que nos vemos confrontados", disse.
A ministra apontou que, entre janeiro e agosto, o país ultrapassou "pela primeira vez" os cinco milhões de trabalhadores, o que corresponde a "mais 1,2 milhões de trabalhadores" do que em 2015.
Ademais, assinalou que está em mínimos o número de trabalhadores a receber o Salário Mínimo Nacional (SMN) e que a proposta orçamental consagra "o maior investimento social estrutural de sempre" para uma "Segurança Social pública, universal e solidária", ao totalizar 35 mil milhões de euros.
Ana Mendes Godinho defendeu ainda que a direita ignora "olimpicamente" o crescimento do emprego e económico e diz "com um curioso desapego à realidade, que as políticas sociais do Governo criam a dependência, cerceiam a iniciativa privada e o trabalho".
"A direita, na verdade, segue a máxima anarquista", disse, apelando para que pare de "chamar às pessoas dependentes" e reconheça "que são as pessoas que têm feito o país crescer".
Segundo a ministra, a linha política do executivo passa por "garantir a dignificação de quem trabalha, promover a real inclusão e igualdade de oportunidades, apoiar as legítimas aspirações de todos os que aqui nascem e de todos os que escolhem Portugal para viver uma vida com projetos e com esperança".