ANMP exige que presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais "se retrate"
À TSF, Marco Martins critica Tiago Oliveira por "dizer que os bombeiros recebiam em função da área ardida e, por isso, se calhar é que haveria tantos incêndios".
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A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) exigiu esta sexta-feira que o presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais se retrate das declarações que fez na Assembleia da República e sugere ao primeiro-ministro que avalie se Tiago Oliveira se deve manter no cargo.
"Eu não consigo compreender como é que alguém que é dirigente máximo de uma agência nacional tão importante, apesar da ação ninguém a conhecer ao final de quatro anos, consegue vir dizer na Assembleia da República que os municípios esbanjam milhões no apoio aos bombeiros quando os municípios são, a par da administração central, um dos grandes garantes do funcionamento dos bombeiros, sejam voluntários ou profissionais", critica, em declarações à TSF, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e vogal do Conselho Diretivo da ANMP.
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O autarca de Gondomar vai ainda mais longe: "De facto, não consigo perceber como as declarações são preferidas, e como é que, além destas, o presidente da AGIF veio dizer há pouco que os bombeiros recebiam em função da área ardida e, por isso, se calhar é que haveria tantos incêndios."
Marco Martins não pede a demissão de Tiago Oliveira, como fez a Comunidade Intermunicipal de Algarve, mas há algo que o presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais deve fazer.
"É de alguém que não usa as suas faculdades ou então não sabe o que anda a fazer e a associação do tipo exige que o presidente da AGIF se retrate e peça desculpas por aquilo andou a dizer", conclui, pedindo ainda ao primeiro-ministro, António Costa, para avaliar se Tiago Oliveira deve manter-se ou não no cargo.
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Os autarcas de 16 concelhos algarvios pediram esta sexta-feira a demissão do presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, devido às declarações de que "há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta".