Municípios do Algarve pedem demissão do presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais
À TSF, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve diz que Tiago oliveira passou "um atestado de incompetência aos autarcas".
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Os autarcas de 16 concelhos algarvios pediram esta sexta-feira a demissão do presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, devido às declarações de que "há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta".
"Os 16 autarcas algarvios não têm confiança e nem reconhecem competência a Tiago Oliveira para ocupar tão importante e fundamental cargo e pedem, por isso, que o presidente da AGIF - Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais se demita, reconhecendo que não tem condições para se manter em funções", escreve a Comunidade Intermunicipal do Algarve em comunicado.
Para os municípios do Algarve, as declarações de Tiago Oliveira "são totalmente inaceitáveis e reveladoras de que o presidente da AGIF, passados vários anos no cargo, continua a não conhecer a realidade do setor e isso é muito grave e preocupante".
À TSF, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Pina, vai mais longe: "Fazer este comentário, passando quase um atestado de incompetência aos autarcas, que investem 500 mil euros nos bombeiros e devia investir na defesa da floresta, na limpeza da floresta. É o culminar de uma posição que já nos vem sido habitual da parte do próprio, de uma forma de sobranceira e de superioridade intelectual relativamente aos pobrezinhos dos autarcas que sabem pouco. Além de uma falta de cuidado com toda a estrutura de bombeiros, não sabe sequer que, se não fosse os vários subsídios e apoios que os municípios dão às corporações de bombeiros, a proteção civil e o combate aos fogos florestais não existia. Mas esta é a postura de alguém que vê os autarcas como umas pessoas têm de ser ensinadas."
"Quem demonstra este nível de desconhecimento não pode manter-se no cargo e nem serve o desígnio nacional de gerir melhor o território e prepará-lo para a prevenção e proteção contra incêndios rurais", concluem os autarcas.