O antigo dirigente da CGTP, José Luís Judas, fala numa guerra "de alecrim e manjerona" que não faz qualquer sentido nesta altura. Já Manuela Teixeira, ex-líder da UGT, não acredita que haja tão cedo a possibilidade, por exemplo, da convocação de uma greve geral conjunta.
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Em declarações à TSF, José Luís Judas fala numa «guerra escusada, absolutamente marginal e pouco importante».
«No fundo tenta-se criar desprestígio de natureza pessoal quando a questão é de política sindical de fundo. Há uma central que considerou, na minha opinião bem, que este acordo era inaceitável e não o subscreveu, e há outra que subscreveu. Aí é que está a base deste diferendo», considerou.
«Não vejo que tenha sido positivo o João Proença vir com queixinhas e muito menos a resposta da CGTP», rematou.
Já Manuel Teixeira, antiga dirigente da UGT que já trabalhou com João Proença na central sindical, referiu que «as relações [entre as centrais sindicais] são muito intermitentes» e destacou que «há uma diferença muito grande na perspectiva da CGTP e da UGT».
«A CGTP nunca assina nada que ache que ponha em causa qualquer direito dos trabalhadores, é muito corporativa. A UGT, por seu lado, procura olhar sempre aos trabalhadores, mas também aos desempregados e ao país em geral», referiu.
Questionada sobre se é exequível a convocação de uma nova greve geral conjunta, Manuela Teixeira respondeu que, «nos tempos mais próximos, não me parece» devido «a forma como a CGTP está a actuar, por causa dos insultos que tem proferido contra a UGT».
No entanto, Manuela Teixeira considerou que «desta vez ultrapassaram [a CGTP] os limites da decência com os cartazes que fizeram sobre o João Proença».