O criador do Serviço Nacional de Saúde, o socialista António Arnaut, confessou na TSF que ficou surpreendido com a escolha de Paulo Macedo e disse temer que a eficácia na gestão não seja acompanhada pela necessária sensibilidade social.
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Em declarações à TSF, o fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), manifestou a sua surpresa com a nomeação de Paulo Macedo para ministro da Saúde do XIX Governo Constitucional.
«Foi uma grande surpresa porque à primeira vista o perfil do doutor Paulo Macedo, que é um técnico de reputada competência que fez um trabalho muito meritório na Direcção das Contribuições e Impostos, não se ajusta para um ministério como o da Saúde», alertou.
«O que dá impressão é que a preocupação do primeiro-ministro e do Governo é de ter um gestor para pôr as contas em dia não Ministério da Saúde. Vamos ver se administrar quase os nove mil milhões de euros é realmente ter maior rigor na gestão ou se é cortar a torto e a direito para equilibrar o orçamento», comentou António Arnaut.
«No Ministério da Saúde é preciso uma pessoa que realmente saiba gerir mas é ao mesmo tempo preciso uma pessoa que tenha sensibilidade social», frisou.