Primeiro-ministro avançou que o Governo chegou a acordo com o setor social para garantir a gratuitidade das creches para crianças do primeiro ano a partir de setembro.
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O primeiro-ministro anunciou, no arranque do debate sobre o estado da Nação, que o Governo vai criar incentivos fiscais para os jovens e para as famílias, lembrando que as pensões já estão a ser pagas "com retroativos a janeiro", depois "da crise política". Concretamente para apoiar as famílias, António Costa adiantou que o Governo já chegou a acordo com as Misericórdias para que, já a partir de setembro, as creches sejam gratuitas no primeiro ano.
"Estou em condições de anunciar que, hoje mesmo, concluímos o acordo com a União das Misericórdias e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, que assegura o cumprimento de uma das principais medidas do Orçamento: A gratuitidade das creches para as crianças do primeiro ano já em setembro", disse, lembrando que esta é "uma das medidas mais importantes do Orçamento do Estado".
No âmbito da Saúde, o chefe de Governo lembrou as dificuldades nas urgências, garantindo que o Executivo "já assegurou 49 mil episódios de ginecologia" e apenas "0,3 % das utentes foram transferidas para outro hospital".
O sistema de proteção civil também foi posto à prova, com "a semana mais dramática", dada as altas temperaturas, com Costa a sublinhar que mais de 90% das ocorrências foi extinta logo na primeira intervenção.
"Nestes tempos de governação tão exigentes, cuidar da emergência não nos pode desfocar da responsabilidade de assegurar o futuro. Do discurso fatalista dos velhos do Restelo, respondemos com estratégia e ambição", atirou.
Durante a primeira intervenção, Costa lembrou também que um dos objetivos do Governo é retirar 765 mil pessoas do risco de pobreza e exclusão social, garantindo ainda 50% de graduados no Ensino Superior até 2030, assim como "investir no desenvolvimento".
A agenda reformista "exige a concordância dos parceiros sociais", pelo que António Costa apela a um acordo em concertação social, com os trabalhadores e patrões.