"Apesar da crise sanitária, económica e social, o metro de Lisboa não vai parar"
António Costa mostra-se satisfeito com a decisão "de não parar nenhum investimento, mas de acelerar todos os investimentos", mesmo em tempo de crise.
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O primeiro-ministro garante que, apesar da crise provocada pela pandemia da Covid-19, "o metro não vai parar". António Costa esteve esta quarta-feira na sessão de assinatura do auto de consignação do Lote 1 do Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa para o prolongamento das linhas amarela e verde e assinalou a realização desta obra como "um importante sinal de política económica".
Para o governante, a decisão de parar as obras no metro há dez anos, em plena crise, foi "um erro para a cidade e para a política ambiental". Por isso, Costa considera que "esta obra é muito mais do que dois quilómetros de rede".
António Costa mostra-se satisfeito com a decisão "de não parar nenhum investimento, mas de acelerar todos os investimentos".
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António Costa referiu que então, numa altura em que exercia as funções de presidente da Câmara de Lisboa, assistiu aos "resultados práticos de estações do metropolitano encerradas, obras paralisadas e composições paradas".
Assim sendo, o primeiro-ministro assegura que, "apesar de estarmos na maior crise sanitária, económica e social que vivemos nas últimas décadas, o metro não vai parar, o metro vai alargar".
Segundo o primeiro-ministro, Portugal "está comprometido com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050", tendo sido o primeiro país do mundo a assumir esse compromisso, em 2016.
O primeiro-ministro explica que a neutralidade carbónica passa essencialmente pelas cidades, porque representam "75% dos pontos de emissão de gases do efeito de estufa".
Por isso, é fundamental, na perspetiva do governante, "melhorar a eficiência energética dos edifícios", "assegurar a sustentabilidade de sistema de mobilidade" e "investir no transporte público".
Matos Fernandes critica partidos que "não queriam linha nenhuma"
António Costa sublinha, por isso, o trabalho do Ministério do Ambiente, que deu aval a várias obras que ficaram "congeladas" pelos anteriores Governos.
Por outro lado, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, critica os que não concordam com o Governo e "não queriam linha nenhuma".
"Nunca consegui entender a oposição do PSD, mas também do PCP e Bloco de Esquerda a esta linha. Acho mesmo que estes partidos não queriam linha nenhuma, quando a quiseram impedir", aponta, mostrando-se aliviado pelo "PS estar a governar".
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O governante com a tutela do ambiente destaca que serão menos cinco mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera, em cada ano, "com milhões de novos passageiros do Metro" e menos carros a entrar em Lisboa.
A linha circular que vai ligar a linha verde e amarela do Metro de Lisboa, num trabalho até 2024, e antecede um novo investimento para expandir a linha vermelha até Alcântara.
Grande parte dos projetos é financiada pela União Europeia.