Em declarações à TSF, Santos Silva rejeita que Vladimir Putin veja o apoio da União Europeia à Ucrânia como uma afronta.
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Augusto Santos Silva explica que o apoio à Ucrânia passa também pelo armamento, "para que o país se possa defender das forças russas", justificando o pacote de 450 milhões de euros da União Europeia (UE) para armar o exército ucraniano. O espaço aéreo europeu fica fechado a companhias aéreas russas, e foi dado aval à exclusão de vários bancos russos do sistema SWIFT.
As sanções "têm efeito imediato, com implementação nas próximas horas ou dias".
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, em declarações à TSF, depois da reunião que juntou os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, rejeita que o apoio com equipamento militar seja uma forma de entrar na guerra, ainda que sem soldados no terreno.
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"Entendemos que o apoio à Ucrânia passa também pelo armamento do país, para que se possa defender. É uma forma de os países apoiarem a Ucrânia que é vítima de agressão e invasão, no exercício do direito à legítima defesa", disse.
A reunião do conselho decidiu ainda a interdição de atividades de difusão de dois órgãos de comunicação social da Rússia, Russia Today e Sputnik, por serem "importantes instrumentos do aparelho de propaganda e de desinformação russo". Ficam ainda proibidas quaisquer transações do espaço europeu com o Banco Central da Rússia.
Apesar do agravamento das sanções, Augusto Santos Silva entende que a via diplomática continua em aberto e rejeita que Vladimir Putin veja o apoio da UE à Ucrânia como uma afronta.
"É necessário que a agressão militar russa não tenha sucesso e as forças não consigam esmagar a resistência ucraniana, para que seja a Rússia a regressar ao plano político e aceitar o cessar-fogo", afirmou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou ainda que o Governo russo "tem de resolver qualquer diferendo com a Ucrânia ou com a UE por via política e não pela via militar", apelando ao "recuo das tropas para os quartéis".
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