Segundo um documento fornecido pelo actual Governo, Vítor Escária e Óscar Gaspar entenderam que as operações não configuravam medidas extraordinárias.
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Vìtor Escária e Óscar Gaspar consideraram que os contratos swap com repercussões no défice apresentadas pelo Barclays e pelo Citigroup podiam ser ponderadas em caso de dificuldades no final do ano.
Os dois assessores económicos entenderam que as operações não configuravam medidas extraordinárias e se inseriam nas estratégias normais de redução de risco e melhoria da performance da gestão da dívida pública.
Vítor Escária e Óscar Gaspar acrescentaram que estas operações eram executadas com regularidade pelo Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP).
O documento, fornecido à TSF pelo actual Governo e que consta do arquivo informático do Executivo, data de 29 de Julho de 2005 e termina com os assessores económicos a referirem que, pela relevância que poderá ter a documentação, esta deveria ser enviada ao Ministério das Finanças.
Teixeira dos Santos recebeu o documento e encaminhou-o para o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Costa Pina, que por sua vez, o reencaminhou para o IGCP.
O parecer foi negativo, tendo o IGCP entendido que as duas propostas do Barclays e de Citigroup deveriam ser rejeitadas, pois violariam os princípios de gestão da dívida pública. O Governo liderado por José Sócrates seguiu a recomendação e recusou as propostas de swap.