Ao anunciar a sua candidatura a líder do PS, Francisco Assis disse que quer continuar a «história de um grande partido», mas frisou que pretende «construir os caminhos do futuro».
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Francisco Assis escolheu as palavras «continuidade e mudança» para definir a sua candidatura à liderança do PS, que anunciou esta quarta-feira.
«Continuidade em relação à história de um grande partido como é o PS, história que assumo integralmente, mas também de mudança porque a melhor forma de respeitarmos a nossa história é sabermos construirmos os caminhos do futuro», explicou.
Ao anunciar a sua candidatura, o até aqui líder parlamentar do PS indicou que agora é preciso fazer uma oposição séria, firme e responsável, construir novas causas e abrir o partido à sociedade.
«O partido esteve seis anos dominado pelas preocupações mais prementes da governação e enfrentou crises tremendas como todos sabemos e é natural que esse partido esteja hoje um pouco mais distanciado do que devia da sociedade», lembrou.
Assis, que conta com o apoio de António Costa, garantiu ainda que o «exército» do partido «somos todos nós» e lembrou que «em democracia todos somos líderes de transição».
«Contudo, sou hoje a pessoa no PS que mais tempo exerceu as funções de líder parlamentar. Espero ser eleito secretário-geral e espero perdurar como secretário-geral tempo suficiente para ser o próximo primeiro-ministro socialista de Portugal», sublinhou.
Francisco Assis, que vai abandonar o cargo de líder parlamentar do PS e que se vai manter como deputado, admitiu ainda apoiar as reformas do Governo de Direita que forem necessárias.
«Faremos os pactos de regime que o interesse nacional venha a reclamar e estou certo que vai reclamar em muitas circunstâncias», concluiu Assis, que acredita que o que fez no grupo parlamentar não fez o PS perder votos nas legislativas.