Francisco Assis diz que é «lamentável» que PCP e Bloco de Esquerda gastem energias a atacar o PS e de querem fazer crer que não há diferenças entre o que Assis diz ser a «direita extremista» e o Partido Socialista.
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Num comício em Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, o cabeça de lista do PS na candidatura às eleições europeias respondeu às críticas dos restantes partidos da esquerda parlamentar, afirmando que os portugueses «sabem bem na carne» quais são as diferenças entre os dois projectos políticos.
«Infelizmente, parece que os partidos situados à nossa esquerda se enganam outra vez em relação ao adversário principal. É lamentável verificar que canalizam mais energias para atacar o PS do que para atacar a direita e este Governo extremista que está a conduzir para um verdadeiro desastre», declarou.
Na sua intervenção, Assis deixou uma mensagem ao PCP e Bloco de Esquerda: «Não se enganem neste momento em relação ao adversário principal, não incorram na falácia (que tantas vezes teve resultados negativos) de fazer crer que não há diferenças entre o PS e esta direita extremista, porque todos os portugueses, incluindo muita gente do PCP e do Bloco, sabe bem na carne que há diferenças entre esta direita extremista e o PS».
Depois das críticas a comunistas e bloquistas, Francisco Assis não esqueceu o discurso de Paulo Rangel sobre o «suposto despesismo» dos últimos anos de governação socialista, dizendo que o cabeça de lista da Aliança Portugal «parou no tempo» e que «era bom que Paulo Rangel pedisse emprestado o relógio do tempo de Paulo Portas».
O comício contou ainda com a presença de Pedro Silva Pereira, que apareceu ao lado de Francisco Assis para, segundo o candidato número 7 na lista do PS às europeias, fazer «a intervenção mais curta desta campanha eleitoral».
O antigo ministro de José Sócrates aproveitou o discurso, perante militantes e simpatizantes do Partido Socialista para dirigir críticas a Pedro Passos Coelho, afirmando que o primeiro-ministro «não está à altura das responsabilidades do cargo, é um perigo para Portugal e precisa de ser corrido o quanto antes».
Pedro Silva Pereira acusou ainda o executivo de «aplicar o dobro da austeridade» daquela que estava prevista no memorando de entendimento com a troika e disse existirem várias razões pelas quais os portugueses devem votar no próximo dia 25 de maio, salientando, no entanto, que «há uma razão» fundamental «quando um primeiro ministro manda os seus jovens emigrar».