Associação de lares privados recomenda suspensão de visitas devido ao Covid-19
A Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos lembra que os idosos são as pessoas mais vulneráveis à transmissão do novo coronavírus.
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O presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos recomenda a suspensão de visitas como medida de prevenção para o novo coronavírus. Apesar de admitir ser algo de difícil concretização, João Ferreira de Almeida acredita que esta é a melhor forma de travar a propagação em locais cujos moradores são mais vulneráveis ao vírus.
"A nossa recomendação é que os lares suspendam por completo as visitas, e isto será difícil, porque algumas pessoas não aceitarão bem", admite o representante da associação dos lares privados. "Nestas coisas, quando não se é radical e quando se vai com meias medidas, não corre bem", trata de explicar.
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Os lares privados, por norma mais pequenos do que os da Segurança Social, terão a dificuldade acrescida de criar espaços para possibilitar visitas em segurança, refere João Ferreira de Almeida. "Lares de grande dimensão talvez consigam criar uma área restrita para visitas, mas à distância, sem que haja contacto físico. A área dos lares privados normalmente é baixa. A capacidade média é de 30 idosos, e, em lares de pequena dimensão, é complicado fazer essa gestão."
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Também o presidente das misericórdias admite que está em causa um grupo social de maior fragilidade diante de surtos como o Covid-19. À TSF, Manuel de Lemos defende que limitar as visitas pode fazer sentido, mas sem radicalismo. "Dizer que vamos limitar pode causar um trauma enorme. Há pessoas que todos os dias visitam os idosos."
"Temos de encontrar uma fórmula para proteger as pessoas e os profissionais que lá trabalham", acrescenta o presidente das misericórdias, que garante que, numa lógica de "cooperação", as instituições tratarão de "fazer o que for melhor para as pessoas".
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Para Manuel de Lemos, a solução não passa por uma proibição. "Temos que ter cuidados especiais, mas sem dramas ou alarmismos. Temos de ouvir as recomendações da DGS." Para receber as instruções da Direção-Geral da Saúde, o coletivo das misericórdias vai reunir-se esta sexta-feira com o Instituto da Segurança Social e com a DGS.
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