O dirigente da Associação considera que não se passou nada no protesto dos militares da GNR que justifique um inquérito. Ainda assim, disponibiliza-se para colaborar com a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).
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O ministro da Administração Interna (MAI) quer que seja apurado o que aconteceu esta quinta-feira em frente do ministério, quando durante o protesto de militares da GNR, alguns deles terão tentando forçar as barreiras colocadas pela PSP para em seguida entrarem no edifício.
O ministro Miguel Macedo pediu à Inspecção-Geral da Administração Interna que investigue, no sentido de identificar todos os factos e comportamentos que configurem violação dos deveres legais e estatutários dos militares da GNR.
Sobre o sucedido, o comando geral da GNR considera num comunicado, enviado para a agência lusa, que alguns elementos adoptaram comportamentos que, ultrapassando as mais elementares regras de ética, decoro e brio profissional, colocaram em causa a imagem da GNR, ultrapassando o normal e regular direito de manifestação.
Os reparos do comando, bem como o inquérito pedido pelo ministro da Administração Interna não se justificam, diz a Associação dos Profissionais da Guarda. O dirigente César Nogueira diz que não se passou nada que justifique este tipo de reacções.
«Discordamos que seja necessário fazer um inquérito porque não ocorreu, nem esteve em risco de ocorrer, uma invasão ao Ministério da Administração Interna. O senhor ministro decidiu abrir esse inquérito e a associação está disponível para esclarecer qualquer assunto referente a isso, como outros que nós queremos que o senhor ministro tenha disponibilidade para resolver», referiu o dirigente em relação aos «problemas dos profissionais».
César Nogueira disse ainda esperar que não sejam abertos «processos disciplinares», defendendo que «estamos num estado de direito e todos os cidadãos têm direito a demonstrar o seu descontentamento».