Interrogatório de Eduardo Cabrita suspenso devido a greve de funcionária judicial
Greve dos funcionários judiciais obrigou a interromper audição de Eduardo Cabrita.
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O ex-ministro Eduardo Cabrita começou a ser ouvido esta sexta-feira pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Évora, mas a audição foi interrompida pelas 15h30 quando a funcionária judicial que estava a acompanhar o processo entrou em greve.
"As diligências, quer das testemunhas que há para inquirir, quer da conclusão do interrogatório do dr. Eduardo Cabrita, vão ser reagendadas", assim como o debate instrutório, disse o advogado do ex-ministro em declarações aos jornalistas no tribunal.
Segundo o advogado, a audição de Eduardo Cabrita vai continuar no dia 30 deste mês, assim como as inquirições de testemunhas, obrigando também a adiar o debate instrutório, que inicialmente estava marcado para esse dia.
"O juiz de instrução andou pelo tribunal a tentar arranjar uma funcionária que pudesse cumprir a diligência, mas não foi possível", explicou Paulo Graça, acrescentou o representante da Associação de Cidadãos Automobilizados.
Eduardo Cabrita e o seu então chefe de segurança, Nuno Dias, estão a ser interrogados como arguidos, no Tribunal de Évora, na instrução do processo do atropelamento mortal na A6
Estas novas diligências instrutórias foram marcadas pelo juiz de instrução depois de o Tribunal da Relação de Évora ter dado provimento e provimento parcial, respetivamente, aos recursos da Associação de Cidadãos Automobilizados e da família do trabalhador de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção na A6 quando foi atropelado mortalmente pelo automóvel em que seguia o então ministro, no concelho de Évora.