Autarca de Braga "muito apreensivo" com redução de camas no hospital em novembro
Ricardo Rio quer recuperar o Conselho para o Desenvolvimento Sustentável do Hospital de Braga, que reunia várias instituições da cidade, para acompanhar a situação.
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O presidente da câmara municipal de Braga, Ricardo Rio, admite estar "muito apreensivo" com a anunciada redução de camas no hospital da cidade em novembro e revela à TSF querer reativar uma medida que esteve em vigor quando a instituição era uma parceria público-privada (PPP).
No próximo mês, o hospital vai reduzir em 12 o número de camas nos Cuidados Intensivos, situação que o autarca classifica de "muito grave" e que o deixa preocupado "enquanto responsável de uma cidade que tem a dimensão que tem e que tem uma envolvente territorial abrangida pelo hospital de Braga que serve de referência a quase um milhão de pessoas", com a capacidade de resposta a ficar "muito limitada".
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Da administração, Ricardo Rio tem ouvido que a margem para intervenção é "relativamente reduzida" e que "não têm sido bem-sucedidas" as tentativas de recrutar mais profissionais "quer numa base ocasional, quer numa base mais permanente".
"Esta é uma questão absolutamente estrutural que tem de ter uma resposta definitiva", avisa, e para isso vai começar por contactar o Ministério da Saúde, admitindo que pode ir mais longe na resposta.
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"Vou sinceramente tentar reavivar aquilo que era um órgão que existia em sede de PPP, que era o Conselho para o Desenvolvimento Sustentável do Hospital de Braga, em que estavam presentes todas as instituições da cidade", sendo elas a arquidiocese, a autarquia, a reitoria da Universidade do Minho, o centro regional da Universidade Católica, a Santa Casa da Misericórdia e a Associação Comercial de Braga.
Ricardo Rio justifica esta iniciativa com a natureza desta questão que "não é política e não é apenas de gestão pública", mas sim do "interesse de toda a sociedade bracarense". Por isto, quer que seja acompanhada, mesmo que informalmente, pelos "organismos vivos da sociedade local".
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Garantindo que está do lado da luta pela saúde e pela garantia de que há respostas na saúde em caso de necessidade, contra "uma limitação tão drástica" como a tomada no hospital, o autarca sublinha que não deixará de se associar "a todas as iniciativas que sejam tomadas nesse contexto", como protestos de utentes.
Este sábado, o hospital de Braga anunciou que vai reduzir o número de camas a partir do dia 1 de novembro devido à indisponibilidade dos médicos para realizarem horas extra além das 150 previstas na lei.
A redução será de 12 camas nos cuidados intensivos, mantendo-se "20 das 32 camas até agora disponibilizadas".