Autarcas de Sintra e Loures defendem que transportes são a chave para evitar contágios
"Onde há pobreza, há mais Covid", considera o presidente da Câmara de Sintra. É preciso conhecer a situação no terreno, concorda o autarca de Loures.
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Os presidentes das câmaras municipais de Sintra e Loures lamentam a falta de investimento do Governo para resolver o problema dos transportes públicos nos respetivos concelhos, dos mais afetados pela pandemia de Covid-19.
Em declarações esta manhã no Fórum TSF, conduzido por Manuel Acácio, o autarca de Sintra, Basílio Horta, sublinha que a grande maioria das infeções se regista nas freguesias contíguas ao IC19, onde vivem mais de trezentas mil pessoas.
Basílio Horta considera que a pandemia está a afetar sobretudo os mais desfavorecidos, quem vive em locais de grande concentração e dependente dos transportes públicos para se deslocar.
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Sobre a hipótese de voltar ao confinamento nas freguesias em estado de calamidade, medida que segundo o Jornal Publico, está a ser estudada pelo Governo, o autarca tem dúvidas de que funcione para travar o surto.
O problema foi dar imagem de que "que o fim do confinamento foi o fim do vírus, condena. "As pessoas foram atrás, agora tem de se recuar, tem de se dar uma imagem contrária" e recuar nas medidas de desconfinamento.
Também o presidente da câmara de Loures, Bernardino Soares, lamenta que ainda não tenha sido dado um sinal por parte do Governo para que seja feito um reforço nos transportes públicos do concelho.
"Desde sempre se salientou este problema - mas andamos a falar quase sozinhos", lamenta Bernardino Soares.
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Mais do que confinar as freguesias que estão em estado de calamidade, o autarca de Loures lembra que é preciso conhecer bem a situação.
"É preciso ir ao terreno, falar com as pessoas e perceber em concreto o que se passa no terreno", defende
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