"Autoagendamento ainda hoje." Vacinação de crianças aquém das expectativas motiva apelo aos pais

"Este sábado vamos dar duas horas de manhã para vacinar crianças que por motivos de isolamento não puderam"
André Rolo/Global Imagens
Carlos Penha-Gonçalves admite que, apesar de Portugal ser um dos países europeus com maior adesão à vacinação de crianças entre os cinco e os 11 anos, o país ainda está abaixo das expectativas.
O coordenador do plano de vacinação admitiu esta quinta-feira que a inoculação contra a Covid-19 destinada a crianças está aquém das expectativas e pediu aos pais que não iniciaram o processo que façam "ainda hoje" o autoagendamento para sábado.
Numa visita ao centro de vacinação instalado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões, em Vila Nova de Gaia, o coronel Carlos Penha-Gonçalves foi confrontado com dados sobre a vacinação das crianças, tendo começado por dizer que Portugal é dos países da Europa com maior taxa de adesão na faixa etária entre os cinco e os 11 anos.
Mas em resposta à pergunta se Portugal está ou não ainda está aquém das expectativas nesta matéria, o coordenador do plano de vacinação respondeu: "Exatamente."
"Este sábado vamos dar duas horas de manhã para vacinar crianças que por motivos de isolamento não puderam fazer a primeira ou a segunda dose. Apelo para que os pais que ainda não iniciaram o processo que durante o dia de hoje façam o autoagendamento. É uma oportunidade, haverá outras, mas esta é a primeira", disse.
Carlos Penha-Gonçalves especificou que nos dias 5 a 9 de janeiro foram vacinadas cerca de 200 mil crianças com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, estando prevista a segunda toma nos dias 26 e 27 de fevereiro.
"E depois vamos ter novas oportunidades para as crianças se vacinarem. O processo não vai terminar, o que vamos fazer é uma cadencia mais baixa porque há menos pessoas para vacinar", concluiu.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.836.026 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.666 pessoas e foram contabilizados 3.131.899 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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