Autópsia ao recluso de Alcoentre não revela "lesões traumáticas causadoras da morte"
O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses garante que os "exames complementares serão concluídos com a maior brevidade possível".
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Os dados preliminares da autópsia feita ao recluso que morreu no Estabelecimento Prisional de Alcoentre na semana passada "não revelam lesões traumáticas causadoras da morte".
"Em referência à noticiada morte de um cidadão recluso no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, cuja autópsia médico-legal foi realizada no dia 12 de janeiro, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) informa que os dados preliminares da autópsia não revelam lesões traumáticas causadoras da morte, tendo sido realizadas colheitas para a concretização de exames complementares laboratoriais", explica o INMLCF em comunicado.
O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses revela ainda que os "exames complementares serão concluídos com a maior brevidade possível de forma a que o relatório de autópsia possa ser enviado com celeridade para o Ministério Público".
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Na passada segunda-feira, dia 10 de janeiro, um recluso da prisão de Alcoentre, no distrito de Lisboa, após ter sido encontrado inanimado na cela. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) abriu um inquérito interno.
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso tinha revelado que o preso sofreu durante três dias de surtos psicóticos sem ter tido a devida assistência médica, mas a DGRSP esclareceu que, pese embora as reservas a que se está obrigada relativamente a informação clínica, negou que o recluso padecesse de surtos psicóticos e informou que o mesmo se encontrava sob acompanhamento clínico, tanto mais que lhe havia sido diagnosticada escabiose (doença contagiosa), o que obrigava a que permanecesse sem interagir com a demais população reclusa.
A DGRSP negou ainda que se "tivesse registado qualquer alteração à ordem, por este ou outro motivo, no Estabelecimento Prisional de Alcoentre".