Avião com 260 refugiados já chegou a Lisboa. Marcelo anuncia novo voo humanitário nos próximos dias
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi receber pessoalmente os refugiados da Ucrânia que chegaram à capital portuguesa.
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O avião que transportava cerca de 260 refugiados saídos da Ucrânia aterrou, esta tarde, em Lisboa. O Presidente da República esteve no Aeroporto Figo Maduro para receber os passageiros do voo humanitário.
Logo após a chegada dos refugiados, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que um novo voo humanitário, com destino a Portugal, deverá acontecer nos próximos dias.
"Espera-se, dentro de dias, ter uma outra operação idêntica também por via aérea", adiantou.
Marcelo Rebelo de Sousa explicou que o voo humanitário desta quinta-feira partiu de um pedido de cidadãos ucranianos em Portugal feito á Presidência da República, que fez a ponte com o Governo, com o Executivo a dar uma resposta positiva de imediato.
"De sábado para hoje, temos aqui 267 pessoas, metade crianças, muitas mulheres jovens", cheias de "gratidão" a Portugal, finalmente em "conforto" e sentindo que estão "numa terra onde há milhares de irmãos ucranianos, que são tão portugueses como os portugueses", declarou o Presidente.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, este foi um "momento em que se percebe que vale a pena fazer política".
"Tivemos sociedade civil a toma iniciativa, o poder político a atuar, a embaixada sempre presente e o voluntariado a conseguir esta operação", declarou.
"É um exemplo que mostra como Portugal, as autoridades, mas sobretudo o povo português, está com o povo ucraniano", concluiu.
Os refugiados que chegam agora a Portugal têm alojamento, cuidados médicos e acesso a escolas ou trabalho já assegurados, de acordo com o presidente da organização não governamental (ONG) Ukrainian Refugees UAPT.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, provocando um número ainda por determinar de mortos e feridos, tanto militares como civis, e mais de 2,1 milhões de refugiados.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.