A coordenadora do Bloco de Esquerda declarou esperar que "Portugal não colabore na escalada de tensões entre a Rússia e a Ucrânia".
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À saída da reunião com António Costa, Catarina Martins admitiu ter preocupações que se prendem com as alterações à lei laboral, e garantiu que as manifestará no Parlamento. "Há matérias em que temos [Bloco e PS] afastamento, e apresentaremos as nossas propostas", admite.
"Não falarei pelo Governo", rebate, em resposta aos jornalistas, mas considera que não há qualquer problema constitucional em Portugal, nem mesmo na lei eleitoral, com a exceção do problema com os votos dos emigrantes. Catarina Martins assumiu, desta forma, uma posição contrária à revisão constitucional em Portugal.
A líder do BE disse que na reunião transmitiu ao primeiro-ministro "a oposição do Bloco de Esquerda a que tropas portuguesas integrem contingentes da NATO envolvidos no conflito na Ucrânia ou na fronteira com a Ucrânia".
"Consideramos que tudo deve seguir a via diplomática e que Portugal não deve participar de uma escalada de guerra na região", salientou Catarina Martins.
A bloquista disse ainda que "é conhecida e é pública a divergência que o Bloco de Esquerda tem sobre a integração [de Portugal] na NATO" e salientou que é "bom que Portugal se mantenha do lado da paz, do lado do diálogo e não colabore na escalada militar, na escalada de guerra na região".
Questionada sobre a resposta do primeiro-ministro, Catarina Martins recusou falar pelo Governo.
A coordenadora do Bloco disse esperar que "Portugal não colabore na escalada de tensões entre a Rússia e a Ucrânia". Nesse sentido, Catarina Martins mostrou ao primeiro-ministro a sua oposição em relação ao envio de tropas portuguesas para o leste europeu.
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