O líder do BE defendeu, esta terça-feira, a indigitação do novo primeiro-ministro, em face aos resultados eleitorais, no «prazo mais curto possível».
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«O primeiro-ministro deve ser indigitado em face aos resultados eleitorais no prazo mais curto possível para que Portugal possa ter o debate parlamentar do programa do Governo tão depressa quanto necessário», afirmou Francisco Louçã, no final de uma audiência com o Presidente da República.
Sublinhando que espera que não se verifique «nenhum incidente no apuramento de resultados e na publicação de resultados que possa atrasar os passos constitucionais seguintes», o líder do BE reconheceu que os resultados das eleições falaram com «clareza», não havendo dúvidas que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, deve ser indigitado primeiro-ministro.
No encontro com o chefe de Estado, o BE transmitiu ainda a sua preocupação em relação à crise económica e financeira, nomeadamente as «indicações preocupantes» dadas pela subida das taxas de juro.
Ainda com a data da tomada de posse do novo Governo por definir, Francisco Louçã deixou, contudo, já alguns 'avisos' ao futuro executivo, prometendo oposição «a todas as medidas que tenham uma feição de ajuste de contas ou de agravamento da vida social e da vida económica».
Apelando «à prudência contra a precipitação de ataques à vida das pessoas», o líder do BE assegurou ainda que se «a direita pretender apresentar nos próximos meses a cavalgada de uma revisão constitucional para alterar o princípio da justa causa e promover a facilitação dos despedimentos», terá «uma posição frontal do BE».