Do Haiti ou do Congo, Beja recebe peregrinos prontos para receber a bênção do Papa e é o palco do reencontro entre dois irmãos que não se viam desde 2003.
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A cidade de Beja acolhe peregrinos de várias partes do mundo para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Um dos responsáveis do Comité Organizador Diocesano de Beja, Francisco Molho, admite que o número de pessoas ficou abaixo do previsto.
"O número de inscritos foi sempre inferior àquele que esperávamos. Pensamos que pode estar relacionado com o Covid, com a guerra e com o disparar dos preços. Mas também é verdade que a nossa diocese nunca foi das mais escolhidas, talvez pelo calor que se advinha", considera.
O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, também não esconde a realidade, mas não desvaloriza a diminuição do número de peregrinos: "Vamos acolher o melhor que possamos e saibamos estes que vão estar cá connosco."
O autarca lembra a distância de Beja ao local da JMJ, mas reafirma que o aeroporto no Alentejo está disponível, assim seja necessário.
Grupos dos Estados Unidos, do Haiti, do Congo, da China, do Brasil e da Venezuela encontram-se no seminário de Beja.
À TSF, não escondem o cansaço após uma longa viagem, mas garantem que vale a pena vir até Portugal para receber a bênção do Papa.
Um reencontro de irmãos
Dois irmãos da República do Congo que não se viam há 20 anos aproveitaram a Jornada Mundial da Juventude para se reencontrarem em Beja.
Um está exilado no Luxemburgo e outro pertence a uma comunidade religiosa e trabalha com jovens Brazzaville. Sabendo ambos vinham à JMJ, os dois irmãos vão poder voltar a ver-se a tia conhece finalmente o sobrinho.
A história de um reencontro com música congolesa cantada a pedido da TSF.