Biblioteca de José Mattoso vai ser levada para Mértola e disponibilizada para consulta
Espólio do historiador está na Horta da Malhadinha, propriedade que doou ao campo arqueológico.
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O historiador José Mattoso, que morreu este sábado aos 90 anos, construiu ao longo da sua vida uma ligação especial à vila alentejana de Mértola, que culminou na atribuição do seu nome à biblioteca municipal e na doação de uma propriedade, a Horta da Malhadinha, onde tinha o seu espólio pessoal.
Natural de Leiria, o historiador tinha uma "especial admiração pelo projeto do campo arqueológico" e pelo desenvolvimento desse projeto, que permite a "deslocação da academia para o interior, para uma zona periférica", conta à TSF a vereadora da Cultura de Mértola, Rosinda Pereira, assinalando também a relação "muito próxima" de José Mattoso "com o professor Cláudio Torres e com todo o processo inerente à investigação histórica e arqueológica" na vila.
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"Pela proximidade e relação", Mattoso "acabou por doar" ao campo arqueológico a Horta da Malhadinha, onde tinha "uma importante e referencial biblioteca pessoal" após ter passado "algum tempo" em Mértola na década de 1990.
Esta biblioteca, fruto de um compromisso entre a câmara e a família de José Mattoso, vai ser levada "para a própria vila" de modo que esteja "mais acessível e possa ser consultada por historiadores e por interessados".
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"Era esse o desejo do professor Mattoso e é essa também a nossa missão", garante a vereadora.
O historiador José Mattoso morreu este sábado com 90 anos, confirmou à TSF o atual diretor da Torre do Tombo.