O Presidente da República está a acompanhar a situação clínica dos militares feridos durante um exercício de inação de explosivos.
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Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta sexta-feira três dos cinco militares feridos na explosão ocorrida esta quinta-feira no Campo Militar de Santa Margarida e diz que "estão a recuperar bem."
"Um deles já poderá ir para o hospital das Forças Armadas e outros dois vão logo a seguir. Portanto, aqui as notícias são boas", garantiu o Presidente da República em declarações aos jornalistas à saída do Hospital de São José, em Lisboa.
"Vim porque não há nada como ver a realidade e dar uma palavra de gratidão a quem cumpriu a sua missão num momento inesperadamente difícil e que só não foi mais grave porque as consequências não são tão graves como se imaginava", afirmou Marcelo no final da visita, acompanhado da ministra da Defesa, Helena Carreiras, e do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Nunes da Fonseca, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Mendes Ferrão.
Questionado sobre as causas do acidente, o Presidente da República disse que já se iniciaram "as diligências", pelo que será prematuro avançar para já conclusões. "Como em tudo na vida, no meio de muitos casos sem acidentes, há um acidente", lamentou.
Sobre os feridos que visitou - três feridos ligeiros que transferidos do Hospital de Abrantes - disse que os encontrou bem e como bom estado de espírito, e que os exames não revelaram problemas graves oftalmológicos nem de audição.
Quanto aos dois feridos graves, o Hospital Universitário de Coimbra já tinha adiantado esta quinta-feira que têm escoriações e queimaduras ligeiras, mas não aparentam ter "sequelas de maior gravidade".
Os dois militares não foram afetados por lesões oftalmológicas, mas sofreram lesões ao nível da audição, com zumbidos associados à explosão, e ao nível da pele, como na face, pelo impacto e por terem sido projetados.
O Exército abriu um processo de averiguações à "explosão inadvertida" ocorrida durante uma operação de desativação de explosivos, que provocou um morto e cinco feridos, dois graves e três ligeiros.
A vítima mortal tinha 47 anos e era um dos elementos da equipa de inativação de explosivos.