Eduardo Cabrita garantiu que o PS está unido e não há "tendência de clãs".
Corpo do artigo
O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita deixou um recado para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Congresso do PS. Questionado sobre o alerta do chefe de Estado para a possibilidade de pequenos ciclos políticos no futuro, em entrevista à TSF, Cabrita pediu a Marcelo que seja "mais Presidente e menos comentador".
"Marcelo Rebelo de Sousa decidiu, mas é o contrário de Jorge Sampaio, que tomou decisões difíceis que não foram simpáticas para a então liderança do PS, mas constitucionalmente certas e ponderadas. Marcelo tomou decisões apressadas, constitucionalmente pouco fundamentadas e sem apoio do Conselho de Estado. Tal como Sampaio foi reconhecido na justeza da sua leitura política da Constituição, Marcelo Rebelo de Sousa também, de alguma maneira, está sob escríteno neste momento", afirmou Eduardo Cabrita.
TSF\audio\2024\01\noticias\06\eduardo_cabrita_direto
Além disso, Cabrita sublinhou que o PS está unido e não há "tendência de clãs".
"O PS tem tradição de fazer um debate democrático amplo, transparente e, a seguir, unir-se. Os militantes do PS fizeram a sua escolha e estamos aqui todos. O PS de Pedro Nuno Santos conta com José Luís Carneiro, é assim ao contrário de outros partidos que têm uma tendência de clãs. Há uma integração de acordo com o que é fundamental, que é a mobilização para continuar a servir os portugueses. O PS disse presente e está pronto para disputar e ganhar as eleições de 10 de março", explicou o ex-ministro da Administração Interna.
Sobre a possibilidade de voltar a fazer parte de um Governo do PS, Cabrita afirmou que "ainda não é este o tempo".
"Estamos hoje em Congresso. Estou sempre disponível é, como há décadas, para estar com o PS. Fazemos todos falta nos momentos difíceis, nos momentos fáceis não faltará quem cá esteja. Tudo tem o seu tempo", respondeu.