O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, anunciou esta segunda-feira que «o canal subsistente da RTP não conterá publicidade comercial».
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Reduzir os custos financeiros e operacionais é a aposta do Governo. Durante o próximo ano privatiza-se um canal e em 2013, anunciou o ministro Miguel Relvas, há uma mudança de fundo: «A partir do momento em que for alienado um dos canais, a RTP deixará de ter publicidade», vai permitir apenas publicidade institucional.
Confrontado com o facto do modelo de sustentabilidade, apresentado há dias pelo presidente do conselho de administração da RTP, prever a existência de publicidade comercial, o ministro Miguel Relvas garantiu que não há contradição.
«O plano de sustentabilidade prevê no ano de 2011 que vai contar ainda com publicidade, no ano seguinte estando mais um operador privado, serão outras», referiu.
Mas isso não vai custar mais aos contribuintes: «Para 2011, a contribuição para o audiovisual manterá o mesmo valor, para 2012 manterá o mesmo valor», garantiu Miguel Relvas.
O ministro acrescentou que o Governo tentou manter um debate o mais consensual possível e aberto com a sociedade, mas reconheceu que nestas questões há sempre preconceitos.
«Debate mais aberto que aquele que houve não conheço, o que não pode haver é o preconceito de se ser contra a RTP, isso é um mau preconceito. E muitos em Portugal quiseram fazer deste debate um debate contra a RTP, essa não é a atitude do Governo», frisou.
Miguel Relvas garantiu que quanto à privatização de um canal não teve ainda conversações com nenhum interessado e que o assunto não foi abordado pelo primeiro-ministro na visita a Angola.