Mayra Andrade matou saudades dos festivais pós-pandemia em Lisboa e cantou pela primeira vez ao vivo a nova música "Bom Bom".
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Os músicos cabo-verdianos sempre souberam transformar a saudade em canções. Mas Mayra Andrade só percebeu o sentimento por detrás dessas músicas quando, aos 17 anos, deixou a casa da mãe e rumou a França para começar a carreira.
"Era atrevida e não sabia que era", conta no palco principal do Super Bock Super Rock, no Altice Arena. Sozinha em Paris, ouvia as músicas que falam sobre a despedida e a esperança do reencontro como se fosse a primeira vez. Aos 18 anos, escreveu a sua própria versão: "Vapor di Imigrason".
Em Lisboa, dedicou-a a todos os "corajosos" cabo-verdianos "filhos da imigração", e aos dois avôs que ajudaram muitos a procurar uma vida melhor longe de casa.
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Também à distância foi criada a música "Bom Bom". Ao telefone, durante a pandemia, Mayra Andrade criou com o luso-angolano Batida (Pedro Coquenão) "um hino à esperança para a humanidade".
Para o público, fica o aviso (escusado): "É a primeira vez que vou cantá-la ao vivo, por isso desculpem lá qualquer coisa". Nada a desculpar, Mayra.
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No Altice Arena não se dança funaná com o mesmo ritmo do que se dançaria no Meco, mas quem assistiu ao concerto de Mayra Andrade pôde fechar os olhos e viajar para um destino tropical.
Em entrevista à TSF, Mayra Andrade conta que o convite para cantar no Super Bock Super Rock foi "impossível de recusar". É bom, diz, reencontrar o público em Lisboa pela primeira vez num festival depois da pandemia e matar as "muitas saudades do palco".
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A cantora cabo-verdiana tem novo concerto em Portugal marcado para dia 20 de julho em Castelo Branco. Quanto a novos projetos, depois de várias colaborações nos últimos anos, já está a trabalhar num novo disco, mas "mais não diz".