Candidato "frontal" e "corajoso". Edite Estrela justifica apoio a Pedro Nuno Santos
Para a socialista não faz sentido discutir se o PS é um partido de esquerda ou de centro esquerda porque, desde Mário Soares, o partido foi sempre o mesmo.
Corpo do artigo
Com uma citação bíblica que era usada por Miguel Torga, a vice-presidente da Assembleia da República, Edite Estrela, defendeu esta segunda-feira de manhã na TSF a candidatura de Pedro Nuno Santos por considerar ser um candidato que deixa claras as suas convicções.
"O grande escritor e meu amigo Miguel Torga disse-me muitas vezes que gostava das pessoas transmontanas, como ele era e eu também sou. Gostava das pessoas que são frontais, que são corajosas, que são determinadas, que são lutadoras e não daquelas que não são carne nem são peixe, como se costuma dizer popularmente. Até citava frequentemente o apocalipse, dizendo: "Deus vomita o morno"", recordou Edite Estrela.
Para a socialista não faz sentido discutir se o PS é um partido de esquerda ou de centro esquerda porque, desde Mário Soares, o partido foi sempre o mesmo. Apoiante de Pedro Nuno Santos, Edite Estrela confia que depois das diretas o PS seguirá unido para lidar com os verdadeiros adversários.
"No dia seguinte à eleição do secretário-geral estaremos todas e todos unidos em torno de um novo líder, preparados para a campanha que, espero, nos irá conduzir à vitória no dia 10 de março. É assim nos partidos plurais, que valorizam o debate e a participação dos militantes e, portanto, é natural que haja mais do que um candidato e depois os militantes terão de ver qual é aquele que tem melhores condições para dar continuidade às políticas que têm sido seguidas, designadamente na defesa do Estado social", acrescentou na TSF a socialista.
TSF\audio\2023\12\noticias\11\edite_estrela_1_depois_das_diretas,
Às eleições diretas socialistas, agendadas para 15 e 16 de dezembro, apresentaram-se até agora três candidatos: o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, o atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e Daniel Adrião, dirigente da linha minoritária de oposição ao atual secretário-geral, António Costa.