Líder parlamentar do PS reconhece que caso não está encerrado, mas saída de Rovisco Duarte abre "nova fase do processo".
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O PS defendeu, esta quinta-feira, "normal" que o novo ministro da Defesa venha a ser ouvido no parlamento na sequência da demissão do chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte.
"É normal que os ministros das diferentes áreas sejam ouvidos na Assembleia, no caso do Ministério da Defesa a esse ou a outros propósitos. Da nossa parte, achamos que esse é o trabalho normal do parlamento", disse Carlos César, à saída da reunião do grupo parlamentar socialista, comentando a intenção manifestada pelo PSD de chamar João Gomes Cravinho para ser ouvido na Assembleia da República.
Questionado pelos jornalistas sobre se as palavras que proferiu ontem no programa "Almoços Grátis" na TSF teria precipitado a saída do CEME, Carlos César ironizou. "Quando dizemos alguma coisa, esperamos sempre que alguém nos ouça", disse, acrescentando: "mas não ponderei esse caso em concreto".
Para o PS, a demissão de Rovisco Duarte não encerra o caso Tancos, mas Carlos César garante que os socialistas consideram que "está virada uma página e estamos noutra fase do processo". Já sobre as diferentes explicações para apresentar o pedido de demissão de CEME dadas pelo general Rovisco Duarte, o socialista remata dizendo que "caberá ao próprio esclarecer".