O presidente da Câmara de Lisboa esteve no Bairro da Boavista, na apresentação do Plano de Intervenção das Obras de Reabilitação e Conservação no Bairro.
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O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa não esconde a preocupação com o facto de ainda não ser conhecido o plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A cerca de um mês do início da JMJ, o Governo ainda não apresentou este plano.
Em declarações exclusivas à TSF, Carlos Moedas reconheceu que "o plano de mobilidade preocupa-nos. A Câmara Municipal tem de se preparar para um plano de mobilidade que não é seu, um plano de mobilidade que é feito pelo Governo. A responsabilidade é do Governo, com toda a ajuda da câmara. Nós estamos aqui dispostos a ajudar, a dar a nossa opinião sobre as várias soluções, soluções que devem passar por distribuir as todas as pessoas na cidade, de uma maneira em que possam andar de um lado para o outro, em que nos podemos mover do Parque Tejo Trancão para o Parque Eduardo VII. São mais de um milhão de pessoas e, portanto, tenho essa preocupação. Sei que o Governo está a fazer tudo aquilo que pode mas, neste momento, não tenho ainda uma resposta. Temos tido reuniões com o Governo sobre isso, mas reuniões, sobretudo, para colocar à disposição aquilo que é a máquina da câmara na área da mobilidade, também para ajudar no que for necessário".
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A preocupação de Carlos Moedas com o plano de mobilidade da Jornada Mundial da Juventude foi manifestada depois de ter estado na apresentação oficial do Plano de Intervenção das Obras de Reabilitação e Conservação no Bairro da Boavista, no âmbito do Programa de Reabilitação dos Bairros Municipais de Lisboa. O presidente do executivo lisboeta ouviu as preocupações dos moradores, mas lembrou os investimentos já feitos.
"Já assinei 560 milhões de euros (de investimento) para habitação em Lisboa. Quando comparamos com o que se investe em tecnologia, ou em inovação, ou nos unicórnios, ou nas websummit's, é nada quando comparamos com o que estamos a investir na habitação. Eu gosto de estar de forma mais discreta nestes bairros, porque acho que muitos destes problemas são problemas do foro íntimo das pessoas, e não é para estar a expor as pessoas. Mas a maior parte do meu trabalho é a parte social. E é também essa parte que eu gosto", destacou Carlos Moedas.