Carta Municipal de Habitação de Lisboa. Vereadora "disponível para receber e incorporar" propostas
Em declarações à TSF, a vereadora da câmara municipal de Lisboa para a habitação, afirma que é imprescindível haver estabilidade nesta área durante os próximos dez anos.
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A vereadora da Habitação da câmara municipal de Lisboa, Filipa Roseta, sublinhou esta quinta-feira a importância de haver um consenso entre o executivo camarário e a oposição para que a Carta Municipal da Habitação, que foi chumbada na quarta-feira, seja aprovada e mostrou-se disponível para "receber e incorporar" propostas.
O PS, que votou contra a aprovação do documento, acusou o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, de desistir de construir casas para os jovens e para as famílias da classe média.
Em declarações à TSF, a vereadora sublinha que não recebeu qualquer contributo da oposição para esta versão do documento, mas garante que o executivo está totalmente disponível para tal.
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"Relembramos que a carta foi feita ao longo de um ano e meio, foi apresentada publicamente várias vezes, com muita comunicação social, portanto não foi propriamente uma surpresa para ninguém aquilo que lá estava, nunca tivemos nenhuma proposta relativamente a esta versão que nos foi enviada há um mês", destaca.
Filipa Roseta explica que agora a prioridade é "tentar reunir consenso e construir estratégias" de forma a assegurar que a "política de habitação de Lisboa" não seja prejudicada.
Ainda assim, a vereadora revela-se confiante em encontrar um consenso relativamente ao documento, que até 2028 prevê atingir um nível de "investimento sem precedentes na habitação acessível e na continuação da habitação apoiada".
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"Eu peço às pessoas que vejam as 33 medidas que nós temos. Com alguma terão de concordar", argumenta.
Insistindo na ideia de que está, "como sempre" esteve disponível para "receber e incorporar propostas", Filipa Roseta sublinha que é imprescindível haver estabilidade nesta área durante os próximos dez anos.
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"Acreditamos que vamos conseguir também na carta um consenso alargado para conseguirmos estabilizar a estratégia da habitação para os próximos dez anos. É mesmo importante que assim seja para os técnicos poderem fazer o seu trabalho. Se há variações políticas o tempo todo, as pessoas não conseguem ter estabilidade para desenvolver os trabalhos técnicos até ao fim e as coisas estão sempre a ser paradas, os procedimentos param. Não pode ser. Nós temos que ter aqui uma enorme estabilidade durante dez anos para de facto conseguirmos ter os nossos territórios todos ao serviço da cidade", esclarece.
A Carta Municipal da Habitação procura, segundo a câmara de Lisboa, aumentar e melhorar a oferta da habitação pública e reduzir as diferenças no acesso à habitação, assim como recuperar e regenerar a cidade esquecida.
Para a vereadora, é evidente que a habitação "é uma das prioridades do senhor presidente da Câmara" que, diz, "tem dado mais do que provas disso em todos os orçamentos" e nas propostas feitas.