Carvalho da Silva abandonou mais uma vez a reunião da concertação social, considerando que nunca assistiu a um «retrocesso tão grande dos direitos dos trabalhadores».
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O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, saiu cerca das 13 horas da reunião de concertação social, que continuou com os restantes parceiros sociais. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já desvalorizou esta situação.
Ao abandonar a reunião da concertação social, o líder da CGTP disse que nunca houve um documento que representasse um «retrocesso tão grande nos direitos dos trabalhadores», classificando o texto como «chocante».
«Aquilo que está a ser acertado entre o Governo e os patrões e a UGT é, sem sombra de dúvidas, o texto de maior retrocesso em três aspectos».
O líder da CGTP destacou os direitos dos trabalhadores portugueses e, desde logo, a diminuição da retribuição do trabalho, fragilização da Segurança Social, mas também uma fragilização muito grande da contratação colectiva que vai obrigar a uma grande luta».
Em relação ao aumento do horário de trabalho, Carvalho da Silva disse que, se o Governo deixou cair a questão da meia hora, isso deve-se à luta dos trabalhadores.
Sublinhando que há motivos para continuar a luta, a CGTP lembrou qainda que mantém para quarta-feira uma manifestação frente à Assembleia da República.