
Carvalho da Silva
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Carvalho da Silva comparou o Governo ao histórico líder da Al-Qaeda, num dia em que a CGTP e a UGT estiveram reunidas para condenar o aumento do horário de trabalho.
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«São tão democrata-cristãos como o bin Laden», têm a mesma «identidade de valores», disse o secretário-geral da CGTP esta sexta-feira.
A analogia serve para criticar o Governo conversador e democrata-cristão de querer acelerar a aprovação do aumento da carga horário de trabalho em pleno período das festas de Natal e Ano Novo.
«Há aqui uma dimensão que não é de loucura, é de opção ideológica, profundamente conservadora, retrograda, com traços anti-democráticos profundos. O país tem de ir tomando consciência disso», defendeu.
As criticas acontecem num dia em que houve mais um encontro entre a CGTP a UGT. As centrais sindicais querem concertar ideias sobre o que devem propor, mas ainda não falam de lutas comuns.
Para já, mostraram-se apenas unidas na rejeição total e completa do aumento do horário de trabalho em meia hora diária no sector privado.
Se o Executivo não recuar nesta medida, Carvalho da Silva diz não há mais conversas com os governantes.
O sindicalista falou numa «ausência total de sensibilidade e de sentido de responsabilidade do Governo».
«O problema são os conteúdos concretos que a proposta tem e que vão exigir a máxima mobilização e a construção de toda a capacidade de resistência dos trabalhadores portuguesas e da sociedade portuguesa», acrescentou.
A UGT não tem dúvidas de que até há ameaças ao próprio sindicalismo.
A CGTP referiu que está em causa a democracia e que o Executivo governa sob uma actuação estrangeira.