A árvore que ontem caiu no Funchal, provocando a morte de 13 pessoas, "estava em fim de vida". É a convicção do antigo Diretor Regional de Florestas, em declarações à TSF.
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No Funchal, começam esta quarta-feira as peritagens à árvore que ontem provocou uma tragédia na Madeira, com 13 mortos e 49 pessoas feridas.
No entender de Rocha da Silva, o carvalho centenário estaria apodrecido por diversos fungos. O antigo Diretor Regional de Florestas, entre 1983 e 2015, esteve no local e sublinhou que era bem visível que a árvore não estava saudável.
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"A árvore em causa estava em fim de vida, porque uma vez que ela tombou é possível observar o seu lenho, ou seja, o interior do seu tronco. E o interior do tronco da árvore que caiu está podre, houve ali um processo de desmineralização provocado por diversos fungos que enfraqueceu e apodreceu o lenho da árvore", explicou à TSF.
Rocha da Silva recusou apontar culpados: "não quero fazer de juiz". Mas referiu uma responsabilidade partilhada. "Agora há aqui uma batalha judicial e também política. Do ponto de vista jurídico, o que há a definir são as responsabilidades de quem faz a manutenção do espaço mas também a todo o enquadramento técnico a nível de parceiros que antecedeu toda esta situação", considerou.
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O antigo Diretor Regional de Florestas não entrou em discussões jurídicas, mas defende que o processo de deterioração da árvore já é antigo, "seguramente mais do que uma década".
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Rocha da Silva, que acompanha a equipa de peritos que está a analisar a árvore que caiu, considerou que faltam normas para a gestão das árvores da região.
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Ontem, o presidente da Câmara Municipal do Funchal assegurou que a árvore é um carvalho que não dava sinais de qualquer problema.
"A árvore que caiu hoje é um carvalho, não um plátano [...]. Apresentava uma copa verde e saudável, não aparentando qualquer anomalia fitossanitária", disse Paulo Cafôfo, em conferência de imprensa, sobre a árvore que caiu no Larga da Fonte, no centro da freguesia, nos arredores do Funchal.