O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, recusou hoje fazer considerações sobre o denominado "caso Relvas", afirmando que é uma matéria da «competência exclusiva e única do primeiro-ministro».
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«Não tenho que fazer considerações sobre essa matéria, é uma competência exclusiva e única do primeiro-ministro. Não faz sentido que haja outras considerações», disse o ministro.
Miguel Macedo falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura de protocolos com a Câmara Municipal de Lisboa para a futura instalação do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa e no âmbito do sistema de Segurança Contra Incêndios.
O governante frisou que a «responsabilidade da feitura do Governo é do primeiro-ministro e o primeiro-ministro é que avalia em cada momento a situação de cada um dos elementos que integram» o executivo.
«É irrelevante a opinião de a, b ou c sabendo-se, como se sabe, que a única, última e exclusiva palavra nesse domínio é do primeiro-ministro», reforçou.
Quanto às manifestações convocadas para esta tarde em Lisboa, Porto e Coimbra para exigir a demissão do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, o ministro disse ser um «direito absolutamente legítimo em democracia».
A polémica a envolver o ministro Miguel Relvas começou com o chamado "caso das Secretas". Depois, o governante foi acusado de alegadas pressões sobre uma jornalista e há cerca de duas semanas surgiu uma nova polémica relativa à licenciatura em Ciências Políticas que tirou num ano, na Universidade Lusófona.
De acordo com o processo do aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta, foram atribuídos 160 créditos a Miguel Relvas no ano letivo 2006/07, pelo que apenas teve de fazer quatro das 36 cadeiras no curso de Ciência Política e Relações Internacionais.